O pai de um estudante agrediu um professor em sala de aula após a filha relatar ter sido assediada pelo docente. O caso aconteceu na Escola Estadual Lídia Onélia Kalil Aun Crepaldi, em Cosmópolis, São Paulo. A agressão foi registrada por alunos e compartilhada nas redes sociais. A Polícia Civil e a Secretaria Estadual de Educação estão apurando o caso.

Nas imagens é possível ver que outro docente interfere, mas acaba sendo atingido pelos socos e chutes e cai no chão. Os dois professores foram atendidos por médicos, ainda no local, e encaminhados para um hospital da cidade. Segundo informações do Diário do Nordeste, dois boletins de ocorrência foram registrados.

Em entrevista à EPTV, afiliada da TV Globo, o pai da menina disse que o motivo das agressões foi o suposto assédio realizado pelo docente, de 45 anos, contra a estudante, de apenas 14 anos.

"Hoje, na nossa sala, a gente estava conversando, entre eu e as meninas e tinha um amigo meu no meio, e aí ele [professor] acabou falando assim, que se não tivesse casado, ele transaria comigo. E aí eu fingi que não tinha ouvido, ele falou de novo. Aí eu fiquei parada, assim, porque eu fiquei em choque, né?", relatou a adolescente à emissora.

Ainda de acordo com a jovem, essa não teria sido a primeira vez que o docente teria a assediado e que ela não seria única vítima. "Não é a primeira vez que acontece isso, nem só comigo, mas também com outras meninas, não só da minha sala também. Não de ele falar isso, mas de passar a mão em cabelo, ficar apertando na nossa perna, e relar na nossa cintura... Tendo uma intimidade que não existe entre ele e as alunas", disse.

Ainda de acordo com a reportagem, a estudante afirmou ainda que chegou a comunicar a diretoria e a coordenadoria sobre o caso, e ambas teriam conversado com o funcionário.

"Eu não tava conseguindo ficar na sala, aí eu fui pro banheiro, liguei pra minha mãe chorando, tava desesperada, e ela me ligou, falou com meu pai, meu pai mandou mensagem, eu mandei um áudio pra ele de dentro do banheiro, depois eu fui na sala de novo, pegar minha mochila, e depois fiquei lá no pátio e meu pai chegou", contou a adolescente.

Assista:

O professor está afastado das funções devido a um atestado médico de sete dias. Ele ainda não se manifestou sobre o caso. A direção da instituição declarou que aguarda uma posição da Diretoria de Ensino para se pronunciar. Um inquérito vai apurar o caso.

A Secretaria Estadual de Educação de São Paulo disse repudiar qualquer tipo de agressão, principalmente no ambiente escolar. A pasta declarou ainda que apurará o caso.

BNews